Em
direção à vida
caminha
a neguinha marrenta
com
um balde equilibrado na cabeça
e seu
filho de canela cinzenta
Caminha
no sol do meio-dia
Fervente,
na pele, a melanina
No
olho, o branco é amarelo
Mas o
sorriso ainda é de menina
Neguinha
sem chinelo, de pé descalço
Dos
braços brota-lhe uma força bruta
Tua
descendência realmente não nega
Que
tua raça sempre foi à luta
Ainda
em postes enxergam-se troncos
Casas
parecem senzalas,em hora
Mas a
força de um negro equivale a seus lábios
Que
tomou um imenso espaço agora
Ah!Ser
apenas metade
Desse
povo que conquistou sua alforria
Da
flor mais bela,africana
Dessa
negra que é tamanha poesia.
Natyta Garcia
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