Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitória de Extensão e Assuntos Comunitários -
PROEAC
Centro de Humanidades – Campus de Guarabira - CH
Departamento de Geo-História - DGH
Secretaria Estadual de Educação
Fórum Estadual de Educação e Diversidade Étnicorracial
– Paraíba
Prefeitura Municipal de Alagoa Grande
Secretaria Municipal de Educação e Cultura
Curso
de Extensão:CIDADANIA E IDENTIDADES NEGRAS NAS ESCOLAS:Os Conteúdos de
História, Cultura Afrobrasileira e Africana na Sala de Aula
MÓDULO:
RELIGIÕES E RELIGIOSIDADES AFROBRASILEIRAS
TEXTO: Religiões afro-indigenas-brasileiras na
Paraíba.
Ivonildes
da Silva Fonseca
"Tudo
o que é bom e justo emana de um único Deus, que hoje pode ter muitos nomes e
cultos. Mas, seus princípios foram antes cultuados por um único povo;
primordial e resistente, criado à sua imagem e semelhança.
São esses factos que nos fazem ter tanta dificuldade em entender a intolerância, o preconceito e a violência praticados em nome de Deus (?), contra os religiosos do Candomblé e da Umbanda ou de qualquer outra religião. A religiosidade Africana é a prática de uma doutrina baseada em valores de Paz, Justiça, Amor fraterno e Sacralização da vida".Babalawo Ivanir dos Santos
São esses factos que nos fazem ter tanta dificuldade em entender a intolerância, o preconceito e a violência praticados em nome de Deus (?), contra os religiosos do Candomblé e da Umbanda ou de qualquer outra religião. A religiosidade Africana é a prática de uma doutrina baseada em valores de Paz, Justiça, Amor fraterno e Sacralização da vida".Babalawo Ivanir dos Santos
O
mundo afrobrasileiro na sua diversidade e na sua dinâmica apresenta demarcação cronológica cujo trabalho “Referencias sociais das religiões
afro-brasileiras: sincretismo,branqueamento, africanização” de autoria de
Prandi (1997) proporciona um satisfatório entendimento .
Alertando que os fenômenos ocorridos
em sociedade têm relação com a sociedade geral, Ortiz (1991, p.15) reconhecendo
que cultura e sociedade são indissociáveis, atribui um papel determinante à
esta última pontuando que “as crenças e práticas afro-brasileiras se modificam
tomando um novo significado dentro do conjunto da sociedade global brasileira.
Na
leitura do referido texto de Prandi (1997) encontramos um trecho que sintetiza
os momentos nos quais ocorreram acontecimentos marcantes para as religiões afrobrasileiras:
(...)
o da sincretização com o catolicismo, durante a formação das modalidades
tradicionais conhecidas como candomblé, xangô, tambor de mina e batuque;
segundo, o do branqueamento, na formação da umbanda nos anos 20 e 30; e
terceiro, da africanização, na transformação do candomblé em religião
universal, isto é, aberta a todos, sem barreiras de cor ou origem racial,
africanização que implica negação do sincretismo, a partir dos anos 60.
Os marcos cronológicos estabelecidos por Prandi demonstram
o processo histórico de forma geral e como sabemos, a religião é uma prática
cultural e assim sendo ganha influencias e formas particulares.Portanto, ao se
tratar de manifestações culturais,sobretudo religiosas, estas merecem ser
apreciadas e analisadas nas suas singularidades locais, sem perder, todavia, o
elo com o geral. Assim, as práticas religiosas, em nosso caso, as
afrobrasileiras mantêm ou incorporam fundamentos, inovações, renovações.
Nesse
processo da dinâmica cultural religiosa, os “encontros” entre as práticas é um
dado importante a ser observado em vários aspectos, sobretudo através dos recortes
históricos. Retomando a citação de Prandi, ratificamos três momentos históricos
por ele denominados: sincretização, branqueamento e africanização.
Vamos
então fazer uma “esticada” nesses momentos históricos trazendo-os para o contexto paraibano. No momento denominado por “sincretização”, encontramos
na Paraíba colonial,a prática religiosa
denominada Catimbó[1],
Jurema ou Xangô[2].
É
oportuno fazer uma advertência quanto ao uso do termo sincretismo no sentido de
que este não deve ser entendido como uma fusão na qual os elementos diversos
dão lugar a um novo. Isto corresponde ao entendimento corriqueiro de que os
santos católicos fundiram-se com as entidades religiosas africanas ou indígenas.
Há que se fazer um esforço intelectual que possibilite a visualização de
correspondências entre a(o) Santa(o) do catolicismo e a(o) Cabocla(o), Orixás (feminino
e masculino), e a preservação das suas
identidades individuais. Fazemos este alerta porque ao se falar em
sincretismo há uma valorização das(os ) santas(os) católicas(os) em detrimento
das entidades afro-indígenas.
Um
bom exercício é conhecer as lendas sobre as entidades religiosas do catolicismo
e os mitos sobre as entidades africanas ou indígenas. Na oração para Santa
Bárbara, por exemplo, encontramos elementos que têm correlação com a Orixá feminino Iansã/Oyá, encontradas na
música As Ayabás de Caetano Veloso e Gilberto Gil, cantada por Maria Betânia.
ORAÇÃO DE SANTA BÁRBARA
Ó Santa Bárbara,
que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões,
fazei com que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos
canhões não me abalem a coragem e a bravura. Ficai sempre a meu lado para que
eu possa enfrentar, de fronte erguida e rosto sereno, todas as tempestades e
batalhas de minha vida: (fazer o pedido) para que, vencedor de todas as lutas,
com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha protetora e
render Graças a Deus, criador do céu, da Terra, da Natureza; este Deus que tem
poder de dominar o furor das tempestades e abrandar a crueldade das guerras.
Amém. Santa Bárbara, rogai por nós. (ORAÇÃO DE SANTA BÁRBARA)
Trecho da Música : AS AYABÁS
Iansã comanda os
ventos
E a força dos elementos
Na ponta do seu florim
É uma menina bonita
Quando o céu se precipita
Sempre o princípio e o fim (VELOSO ;GIL )
E a força dos elementos
Na ponta do seu florim
É uma menina bonita
Quando o céu se precipita
Sempre o princípio e o fim (VELOSO ;GIL )
Enfim, ao chegarmos em um espaço religioso
compreendido como “sincrético”,encontramos elementos que remetem a santa ou ao
santo católica(o) e aos Orixás (feminino ou masculino) ou outras entidades, a
exemplo de representações em forma de objetos ou nos cantos.Portanto, os elementos
referenciam contextos diferentes, a exemplo do ponto cantado geralmente em
cultos da Jurema ou da Umbanda no qual “o sino”, “a igrejinha”remetem ao
universo católico; “Seu Tranca Rua”, “a Gira”, remetem ao mundo
afro-indígena-brasileiro :
O
Sino da Igrejinha faz Belem, Blem, Blom
O Sino da Igrejinha faz Belem, Blem, Blom
Deu Meia Noite o Galo Já Cantou
Seu Tranca Rua Que é o Dono da Gira
Oi Corre Gira que Ogum Mandou (O SINO DA IGREJINHA)
O Sino da Igrejinha faz Belem, Blem, Blom
Deu Meia Noite o Galo Já Cantou
Seu Tranca Rua Que é o Dono da Gira
Oi Corre Gira que Ogum Mandou (O SINO DA IGREJINHA)
O
momento do branqueamento corresponde no campo afrobrasileiro à formação da
Umbanda nos anos de 1920 e 1930 tendo o Rio de Janeiro como o “lugar histórico”
do nascimento dessa religião e São Paulo como a “região onde o movimento
religioso se desenvolve hoje mais intensamente” (ORTIZ, 1991, p.11). Estes dois
estados do Sudeste brasileiro, então, foram os espaços do nascimento e desenvolvimento
da Umbanda e à época “representam o pólo
mais urbanizado e industrializado do país”. (ORTIZ, 1991, p.15)
No
processo da africanização com marco a partir dos anos de 1960, ocorre a
disseminação do candomblé, pelo país ou
seja o Candomblé da Tradição dos Orixás[3]
com berço na Bahia, e este passa a ser praticado em outros estados brasileiros.Todavia,
vale ressaltar que na década referida em
alguns estados do Nordeste brasileiro, a exemplo de Sergipe e da Paraíba, há o
fortalecimento da Umbanda.Na Paraíba nesse momento acontece também a iniciação ou a renovação de pessoas, na
religião denominada de Moçambique. O candomblé da Tradição dos Orixás aporta na
Paraíba entre os anos de 1980/1990.
Durante
pesquisa de campo desenvolvida entre os anos de 2008 e 2009, pudemos verificar
que na Paraíba muitas lideranças religiosas “renovaram” suas práticas
religiosas no candomblé. Esta renovação se dá a partir da Bahia, Pernambuco e
Rio de Janeiro. Ou seja, encontramos ialorixás, babalorixás que tiveram a sua primeira
iniciação religiosa na Jurema e passam por uma “renovação” na Umbanda ou no Candomblé
da Tradição dos Orixás.
O
Catimbó-Jurema Sagrada
O
Catimbó[4] é
uma manifestação religiosa que, segundo o antropólogo Vandezande remonta ao
século XVI, tem origens indígenas e o litoral sul paraibano, especialmente a
cidade de Alhandra como o seu berço. Na
sua estrutura ritualística são identificados elementos do catolicismo,
tradições indígenas e africanas, justificando a demarcação denominada por Prandi(1997) a sincretização .
A
Jurema na Paraíba é uma prática religiosa na qual se reverencia a árvore do
mesmo nome, as(os) Orixás, as(os)
mestras(es), as(os) caboclas(os), as(os) encantadas(os) e as(os), pretas(os)
velhas. Assim, a palavra Jurema tem várias acepções significando a árvore, a
bebida, a cabocla ou a cerimônia religiosa.
Na
cerimônia religiosa o culto as (aos) Mestras(es) é um diferencial para a prática
da Jurema:
Mestres
são espíritos que habitam um outro mundo, de onde são invocados para ajudar os
humanos sofredores. Mestres são também , feiticeiros vivos, sacerdotes, que
conhecem os segredos daqueles espíritos
e são capazes de usar seu
conhecimento mágico em benefício dos homens. (PRANDI, 2006, p.11)
A
função da Jurema é similar a de muitas religiões : (...) “se propõe a curar os
doentes, resolver problemas práticos da vida cotidiana,oferecer consolo aos
sofredores,compensar o pobre e o desvalido pelos infortúnios de sua condição
social.” (PRANDI, 2006,p.11).
Umbanda
No
Nordeste brasileiro, a partir dos exemplos de Sergipe (DANTAS, 1988, p.239) e
da Paraíba (SANTIAGO, 2008, p.3), a
inserção da Umbanda ocorre por volta dos anos de 1960, ao que Dantas(1988,p.239)
aponta como conseqüência da legitimidade
alcançada na região do seu nascimento e desenvolvimento. A colocação de Santiago vem complementar o processo dessa
inserção ao ressaltar a característica
expansionista da religião umbandista enfatizando que na Paraíba, nessa
década, “há a aproximação do Catimbó com a Umbanda”.A característica expansionista da Umbanda justifica
a sua feição denominada de “Religião
aberta” .
A
partir da aproximação com a Umbanda temos no cenário paraibano a identificação
feita pelo composto “Umbanda cruzada com Jurema” ou “Jurema cruzada com a
Umbanda”.
O
cruzamento deixa à mostra a existência de práticas religiosas que apresentam
diferenças mas convivem de forma harmonica[5].
Por vezes encontramos duas religiões, a exemplo da Jurema e da Umbanda ou da
Jurema e Moçambique em um mesmo “terreiro”
mas praticadas em dias alternados e com “assentamentos” separados. O cruzamento
ou o “traçado” evidencia também a primeira iniciação da maioria das pessoas
religiosas paraibanas que é a Jurema.
Ao
analisar a realidade do Xangô do Recife , Lobo do Cerrado (2009) explica a compatibilidade entre a Jurema e a Umbanda:
A
literatura clássica sobre o Xangô do Recife, tende a colocar como distintas e
incompatíveis o Culto à Jurema e o Xangô Tradicional. A tendência é tomar como
um dos critérios para identificar o grau de tradicionalidade das casas de
santo, a realização ou não de tal culto. Os que cultuam o panteão juremista são
logo caracterizados como sincréticos (Umbanda e Xangô-Umbandizado). Entretanto,
a literatura antropológica constatou de que a Jurema, mesmo que muitas vezes
esteja discursivamente invisível, está presente em todos aqueles espaços
religiosos. Mesmo nos Terreiros de Xangô mais tradicionais do Recife, alguns
dos quais sem nenhum espaço ritualmente constituído para cultuar os espíritos
da Jurema, estes reaparecem nas residências dos filhos de santo ou em terreiros
afiliados (para os que alcançaram a senioridade e abriram casas) recebendo
culto de diversas formas.
A umbanda e o candomblé
são modalidades religiosas das mais conhecidas sendo que têm práticas
diferentes embora “tenham raízes comuns”. Uma diferença entre essas duas
religiões são as músicas religiosas, conhecidas por cantos ou pontos. No
candomblé da Tradição dos Orixás, as letras são em línguas africanas e na
Umbanda há mistura de palavras africanas e brasileiras ou exclusivamente
brasileira.Vejamos dois exemplos: CANTO PARA OXALÁ[6]
Oni saurê
Aul axé
Oni saurê
Oberioman
Onisa aurê
aul axé baba
onisa aurê
oberioman
Baba saurê
aul axé
Baba saurê
oberioman
Baba saurê
aul axé baba
Baba saurê
Oni saurê
Oberioman
Onisa aurê
aul axé baba
onisa aurê
oberioman
Baba saurê
aul axé
Baba saurê
oberioman
Baba saurê
aul axé baba
Baba saurê
oberioman
saul axé
saul axé
PONTO PARA OXALÁ
Meu pai Oxalá, é o Rei
venha me valer
Meu pai Oxalá, é o Rei
venha me valer
O velho Omolu Atotô Baluaê
o velho Omolu Atotô Baluaê
Atotô Baluaê Atotô Baba
Atotô Baluaê
Atotô é Orixá
Essas duas religiões podem ser opostas no
sentido de que uma representa o Brasil e a outra a África, embora sem a
conotação de pureza africana por ser uma invenção brasileira, conforme afirma
Ortiz (1991,p.16): “A Umbanda corresponde à integração das práticas
afro-brasileiras na moderna sociedade brasileira; o candomblé significaria
justamente o contrário, isto é, a conservação da memória coletiva africana
no solo brasileiro.”
Apesar
do Brasil ter a representação “explicita” na Umbanda, a contribuição africana
permanece, todavia, esta religião aparece como uma religião nacional” que se
opõe às religiões de importação: protestantismo, catolicismo e kardecismo”.
(ORTIZ, 1991, p.17) e a África não é representada como Terra Mãe tal como aparece no candomblé.
CANDOMBLÉ
A palavra Candomblé significava apenas a
festa religiosa, a dança mas passou a designar o culto dos Orixás,
tornou-se uma das religiões
afrobrasileiras
praticadas principalmente no Brasil.
Atualmente há registros de terreiros de candomblés em outros países como Uruguai, Argentina, Venezuela, Colômbia, Panamá e México. Na Europa: Alemanha, Itália, Portugal e Espanha, comprovando a tese de que se tornou uma “religião
aberta” a todos independente de cor da pele ou de origem étnica.
É uma religião que (a depender da
“nação”) tem por base o culto aos antepassados, dos orixás ou dos inkisis que são
representações da Natureza. Foi desenvolvida no Brasil com o conhecimento dos sacerdotes africanos que foram seqüestrados de África
e escravizados no Brasil. Com o seqüestro os traficantes trouxeram não apenas
os corpos humanos africanos mas também
as suas crenças e fé nos seus orixás, nos seus antepassados, nos seus
Inquices e Voduns, enfim as suas culturas.Assim,
entre os séculos XVI e XIX foram
organizadas práticas religiosas ora
mescladas com as indígenas,ora com o catolicismo e ora apenas com os Orixás.
No ano de 1983 foi publicizada a
proposta de por fim ao sincretismo
religioso entre os Orixás e o catolicismo. Isto aconteceu na II Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e Cultura[7] ,
realizada na cidade de Salvador, Bahia.
Na Paraíba dentre as outras
manifestações religiosas já indicadas neste texto, encontramos atualmente Terreiros
de Candomblés, de Tradição dos Orixás, no
qual as divindades cultuadas são:
Exu-
guardião dos templos, das encruzilhadas, das passagens, das portas de entrada
das casas , das cidades, pessoas; mensageiro divino dos oráculos. Sempre é o
primeiro a ser homenageado.
Oxalá ou
Obatalá ou Orixalá (forma como é conhecido na nação nagô do Xangô pernambucano)-
Rei do pano branco, orixá da paz e da fé, da criação do ser humano, considerado
o maior dos orixás.
Logum Edé
– orixá
da caça e da pesca , filho de Erinlé ou Oxossi com Oxum.
Ogun – orixá
do ferro, fogo, guerra e tecnologia
Oxossi- orixá
da caça e da fartura
Omolu ou Obaluaê - orixá da
varíola,das pestes, das doenças contagiosas
Ossaim - orixá das folhas, o que cura com as ervas
Oxumarê.-orixá
da chuva e do arco-íris
Xangô – orixá
do fogo, do trovão e da justiça; teria sido rei de Cossô e o quarto rei de Oió
Euá/Ewá- orixá
das fontes; dona dos cemitérios
Iansã ou Oiá-
orixá dos ventos, do raio, da tempestade; dona dos eguns; uma das esposas de
Xangô
Nanã- orixá
do fundo dos lagos, dos pântanos; dona da lama com que Obatalá modelou o ser
humano. Teria sido a mãe dos Orixás Omolu e Oxumarê, que com ela forma a tríade
de voduns do Daomé incorporados ao panteão dos Orixás.
Oxum- deusa das águas doces, do ouro, da beleza e da vaidade ; uma
das esposas de Xangô
Iemanjá
–
orixá do rio Níger, dona das águas, senhora do mar, mãe dos orixás.
Enfim, acerca do
procedimento não proselitista do candomblé fechamos este texto com a frase do
pesquisador Pierre Verger: “O candomblé sobrevive até hoje porque não quer
convencer as pessoas sobre uma verdade absoluta, ao contrário, da maioria das
religiões”.
REFERENCIAS:
CANTO PARA
OXALÁ. Disponível em: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090708065814AAkT9YE
Acesso :18 de Maio de 2010
DANTAS, Beatriz Góis. Vovó nagô e Papai branco:
usos e abusos da África no Brasil. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
FIGUEIREDO,
Beraldo. Lopes. (Compilador).Catimbó. Disponível
em: http:www.espiritualismo.hostmach.com.br/catimbó.htm Acesso em: 02 de outubro de 2008.
LOBO
DO CERRADO. A Jurema. Disponível em:
http://members.fortunecity.com/entremundos1/jurema.htm
Acesso em: 3 de setembro de 2009.
ORAÇÃO
DE SANTA BÁRBARA Disponível em: http://www.portalangels.com/oracoesaossantos2.htm
Acesso em: 13 de maio de 2010.
ORTIZ,
Renato. A morte branca do feiticeiro negro: umbanda e sociedade brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1991.
PRANDI,
R. Apresentação. In: ASSUNÇÃO, Luiz. O
reino dos mestres: a tradição da jurema na umbanda nordestina. Rio de
Janeiro: Pallas, 2006.
______. Mitologia
dos Orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2001
_____.
Referências sociais das religiões afro-brasileiras: sincretismo, branqueamento,
africanização. In: VII Jornadas sobre
alternativas religiosas em Latinoamérica, 27 al 29 de noviembre de 1997.
Disponível em: http://www.naya.org.ar/congresos/contenido/religion/12.htm
Acesso em: 8 de junho de 2008
SANTOS,
Jocélio Teles dos. O dono da terra:
o caboclo nos candomblés da Bahia. Salvador: SarahLetras, 1995.
SANTIAGO,
Idalina Maria Freitas Lima. A Jurema Sagrada na Paraíba. In: Qualit@s Revista Eletrônica, v.7,n.1,
2008
O SINO
DA IGREJINHA. Disponível em: http://vagalume.uol.com.br/umbanda/exu-tranca-rua-das-almas.html
Acesso em: 13 de maio de 2010.
VANDEZANDE,
René. Catimbó: pesquisa exploratória
sobre uma forma nordestina de religião mediúnica. Recife: UFPE, 1975.
Dissertação apresentada ao P.I.M.E.S. do IFCH da UFPE para a obtenção do grau
de mestre.
VELOSO,
Caetano; Gil, Gilberto. As Ayabás .
Disponível em: http://letras.terra.com.br/maria-bethania/763592/ Acesso em: 13 de maio de 2010.
[1] A
palavra Catimbó é consensual no que se refere a sua origem Tupi. Todavia, o
significado remete a afirmação de que Caa significa floresta e Timbó, uma
espécie de torpor que se assemelha à morte. Na junção fica evidenciado a
referencia ao transe com a expressão “floresta que conduz ao torpor”; há também
a afirmação de que Cat significa fogo e Imbó, árvore, produzindo o significado
de “fogo na árvore que queima”. Com esta significação há a ligação com a
sensação provocada com a ingestão da Jurema. (FIGUEIREDO,s.d)
[2]
Atualmente o nome Xangô é usado para o Orixá do mesmo nome. O uso deste
vocábulo para as cerimônias religiosas é pouco freqüente na Paraíba.
[3]
Advertimos para a existência do
Candomblé de Caboclos, onde são cultuados os “donos da terra”. Ver a obra de Jocélio
Teles dos Santos. O dono da terra :o
caboclo nos candomblés da Bahia. Salvador: Sarah Letras, 1995.
[4] Atualmente
o termo Catimbó é frequentemente utilizado em contexto pejorativo.
[5]
Não detectamos em nossa pesquisa, a identificação através das falas das pessoas
entrevistadas sobre o cruzamento ou o “traçado” com o Moçambique. Contudo esse
processo de cruzar ou traçar é encontrado na prática cotidiana.
[6] TRADUÇÃO APROXIMADA – Disponível em: http://www.fotolog.com.br/maga_ogunte/93305063 Acesso: 18 de maio de 2010
Oní sé a àwúre
a nlá jé - Senhor que faz com que tenhamos boa sorte
Oní sé a àwúre ó bèrì omon - E com que sejamos grandes
Oní sé a àwúre- Senhor que nos dá o encantamento da boa sorte
A nlá jé Bàbá -Cumprimenta seus filhos
Oní sé a àwúre ó bèrì omon - Pai Senhor que nos dá boa sorte e nos torna grande
Oní sé a àwúre ó bèrì omon - E com que sejamos grandes
Oní sé a àwúre- Senhor que nos dá o encantamento da boa sorte
A nlá jé Bàbá -Cumprimenta seus filhos
Oní sé a àwúre ó bèrì omon - Pai Senhor que nos dá boa sorte e nos torna grande
[7]Já foram
realizadas cinco Conferencias: I Conferência Mundial da Tradição dos Orixás e
Cultura, em Ilê Ifé na Nigéria em 1981;II Conferência Mundial da Tradição dos
Orixás e Cultura, em Salvador/Bahia em 1983;III Conferência Mundial da Tradição
dos Orixás e Cultura, em Nova Iorque em 1986;IV Conferência Mundial da Tradição
dos Orixás e Cultura em Salvador/Bahia em 1987;V Conferência Mundial da
Tradição dos Orixás e Cultura em São Francisco na Califórnia em 1997. Foi
chamada de Orishaworld com debates centrados em torno da herança ioruba
“disseminada pelos países das Américas”. Estiveram presentes autoridades
religiosas, lideranças defensoras do
afrocentrismo, cientistas, pesquisadores do Caribe, América do Norte e América
do Sul.
Em acordo com a LDB no ART.33 da Lei 9.394 de 20 de desebro de 1996 se faz necessario um ensino religioso laico sem proseletismo religioso de qualquer religião.
ResponderExcluirPor este motivo devemos respeitar e cumprir a determianda Lei dando o devido valor a qualquer credo religioso que exista neste páís e no mundo.parabéns pelo texto acima.