O LEÃO E O MENINO
Certa vez um menininho
estava perdido na floresta e foi encontrado por um forte e belo leão. Este, ao
contrário do que todos podem imaginar, não devorou o menino, mas sentido muito
carinho por ele passou a tratá-lo como filho e a cuidar dele por incontáveis
dias e noites. Protegido e amado o menino cresceu e o leão preocupado em
encontrar a família do menino correu muitos riscos se aproximando de povoados e
pessoas a fim de um dia encontrar a família do garoto. Depois de muitos perigos
e tentativas ele finalmente encontra a família de origem do rapaz. Então o
nobre leão chamou o moço e disse: “ – Filho, você já está um rapaz, um homem
feito e é de meu desejo que você se case. Eu passei por uma aldeia de homens e
observei que existem diversas moças de sua idade. Eu quero que você vá até lá e
fique por uma semana, para que possa conseguir uma
esposa”.
O rapaz obedeceu e foi para a tal
aldeia, lá chegando seus traços físicos denunciaram logo de quem ele era filho.
Sua família mal acreditava que ele estivesse vivo e prepararam imediatamente
uma festa para comemorar. Durante os festejos o leão se aproximou da casa para
observar e escutou quando o pai biológico interrogava o filho: “ – Filho, como
você conseguiu viver tanto tempo com um bicho desses, com uma fera atroz e
selvagem? “- Mas pai, o leão foi para mim um protetor. Ele sempre cuidou
de mim e fez de tudo para me proteger e para que eu vivesse bem, sempre dividiu
seus alimentos comigo. Porém, o que sempre me incomodou foi o seu mal cheiro,
sua catinga. No início eu sentia a barriga embrulhar, tinha náuseas horríveis.
Com o passar dos anos fui me acostumando, mas ainda sinto mal estar com aquele
cheiro”.
Ao ouvir aquelas palavras o leão
sentiu uma dor tão grande e triste voltou para casa. Alguns dias depois o rapaz
retornou. O leão ordenou que ele empunhasse uma lança, o golpeasse. O rapaz
relutou, mas por fim, acatou as ordens do pai e desferiu um golpe de lança,
ferindo o leão na barriga. Algumas semanas se passaram, e a feriada cicatrizou.
O leão então chamou o rapaz e lhe disse: “ – Filho, veja como as feridas que
você me causou já cicatrizaram. Mas as feridas que cortam mais profundamente e
mais difíceis de cicatrizar, são as causadas pelas palavras. Peço que volte
para a aldeia dos homens e passe a viver com a sua família de origem, onde o
perfume está presente como a abundância das chuvas de inverno. Eu estou
profundamente ferido pelas suas palavras e, de hoje em diante renuncio a
continuar sendo seu pai.
Uma ferida causada por ofensa pode não
cicatrizar jamais.
ATIVIDADE DE CONSTRUÇÃO E
SOCIALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO:
As histórias sagradas no candomblé e na
umbanda, entre outras manifestações religiosas de origem africana, muitas vezes
apresentam os orixás, que são os encantados, as divindades criadas por Olorum .
Estes orixás, forças ativas da natureza, podem se comunicar com as
pessoas.
A natureza se comunica com
as pessoas o tempo todo, então os orixás estão presentes na vida das pessoas
todo o tempo, conforme estas crenças
religiosas.
Na Mitologia Yoruba, Olorun é o Deus supremo do povo Yoruba, que criou as divindades chamadas para representar todos os seus domínios
aqui na terra. Mas, é importante lembrar que eles não são considerados deuses.
Os orixás representam a personificação da
natureza.
O contato dos povos africanos com a
natureza se estabeleceu de maneira sagrada, rios, animais, pedras, árvores,
tudo está vivo, de toda a natureza emana energia. É esta energia que forma os
orixás.
1) Os alunos podem pesquisar o nome de
alguns orixás, descobrindo qual é o elemento natural que eles representam. Ex:
Iemanjá, as águas do mar; Oxum, as águas doces; Iansã, os ventos e tempestades;
Xangô a força do trovão; Ogum, senhor do ferro; Oxossi, senhor da caça; Ossãe é
o orixá das folhas, preservador das matas e das florestas, conhecedor das
folhas medicinais...
2) Cada aluno escolhe um orixá para
fazer uma escultura, modelagem ou pintura representando criativamente este
orixá. É importante que sua obra represente o Orixá e apresente os elementos da
natureza que ele carrega em si.
3) Apresentar o trabalho para a classe.
Nesta apresentação os alunos tentam identificar qual orixá está sendo mostrado,
ao término das tentativas, o aluno, criador da representação, conta qual é o
nome do orixá que ele está apresentando.
Fonte: Porfa. Emerli S.
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