Era uma vez, há muito tempo atrás,
uma aranha macho chamada Anansi. A esposa de Anansi era uma excelente cozinheira, mas mesmo assim Anansi apreciava
experimentar a comida feita por outras cozinheiras da vila.
Um dia, ele parou na casa da sra.
Coelho que era muito sua amiga e logo disse:
-
Que belas ervilhas você está preparando! – Anansi adorava ervilhas.
- Estarão prontas logo. Fique e coma
comigo. – convidou sra. Coelho educadamente.
- Eu adoraria, mas tenho muitas
tarefas a fazer hoje.
Anansi queria muito ficar, mas sabia
de antemão que a sra. Coelho lhe daria coisas para fazer se decidisse ficar
para comer. Como Anansi era esperto e queria muito as ervilhas, teve uma ideia:
- Já sei! Irei tecer uma teia e
amarrar uma ponta em minha perna e outra no pote. Quando as ervilhas estiverem
prontas, você poderá puxar a linha da teia e saberei que estão boas. Virei
então correndo para comê-las!
Sra. Coelha pensou um pouco e
considerou a ideia realmente boa, então concordou com Anansi.
Ao andar um pouco, Anansi sentiu
cheiro de feijões e percebeu que alguns macacos o preparavam.
- Venha comer feijão conosco! –
convidou um dos macacos – Estão quase prontos.
- Eu adoraria, Papai Macaco. –
Anansi sugeriu a mesma estratégia que tinha usado com sra. Coelho aos Macacos,
com medo de que lhe pedissem ajuda.
Os Macacos acharam a ideia boa e concordaram
também. Anansi andou mais um pouco e sentiu cheiro de batata-doce. Avistou
então uma toupeira preparando as batatas com mel.
- Venha dividir minhas batatas,
senhor Anansi. Estão quase prontas e ficarão deliciosas.
Uma vez mais Anansi sugeriu o
truque da teia, atando a teia ao pote como batatas. Seu amigo Toupeira achou
boa a ideia e concordou.
Com cada animal que se encontrava,
a história se repetia e, ao chegar na beira do rio, ele já tinha uma teia atada
a cada uma de suas oito pernas. Ele achou sua ideia fabulosa e estava orgulhoso
de si. Pensava qual das comidas ficaria pronta primeiro, quando sentiu uma
puxada em uma das pernas. Tinha certeza de que era a teia da sra. Coelho, mas
enquanto pensava, já sentiu mais
outra e mais outra puxada. Em
pouco tempo, sentiu em intervalos de segundos as puxadas seguintes, completando
todas as oito. Era puxado dos dois lados de seu corpo, já que todos lhe
chamavam pela teia. Puxavam suas pernas com tanto vigor, que Anansi acabou
perdendo o equilíbrio e caindo no rio. Como as teias estavam molhadas, se
retesaram, puxaram e comprimiram suas pernas, deixando-as extremamente finas,
mas mesmo assim Anansi conseguiu se puxar dolorosamente até a margem do rio.
Pensou melhor no que havia ocorrido e chegou à conclusão de que não tinha sido
uma boa idéia.
Desde este dia, Anansi, a aranha,
tem oito pernas muito finas e nunca mais pôde comer os mesmos tipos de
alimentos.
( conto africano – traduzido e adaptado por Janaína Spolidorio )
Atividades
1. Por qual motivo Anansi não queria esperar que as
ervilhas da sra. Coelho ficassem prontas?
R:
_________________________________________________
2. Anansi achou que tinha feito um excelente negócio ao
propor o mesmo acordo a vários animais. O que Anansi não havia previsto?
R:
__________________________________________________
3. Como Anansi conseguiu se salvar de morrer no rio?
R:
___________________________________________________
4. Embora seja um conto sobre animais, a história traz
comportamentos humanos. O que você pôde aprender sobre o comportamento humano
na história?
R:
____________________________________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário